Dependência Química Parte 1
O consumo de substancias psicoativas é um fenômeno que
sempre existiu, as características de deste consumo vem se modificando nas
ultimas décadas, colocando em risco a vida de muitas pessoas, tornando-se mais
um dos fatores das nossas condições sociais e culturais.
Ao longo destes últimos 30 anos, os efeitos do álcool e
de outras drogas ficaram mais conhecidos, sendo assim os problemas identificados
de maneira expressiva. A partir deste processo, um novo contexto surgiu e com
ele novas formas de uso e abuso.
Esse problema é complexo e exige enfoque multidisciplinar
de saúde publica, pois o seu consumo ultrapassa os aspectos legais, jurídicos e
sociais. Configura-se como característica da sociedade contemporânea e esta ai
para ser estudado, de forma clara, por diferentes setores sociais.
Devemos perceber que ao propor ações e intervenções em situações relacionadas ao uso abusivo de álcool
e de outras drogas, precisamos entender a relação entre a pessoa, a droga e o
ambiente, ou seja, o contexto sociocultural onde o isso acontece deve receber
uma atenção diferenciada.
Trabalhar junto a comunidade o fato de um indivíduo usar
ou ate ser dependente da droga não faz com que esteja condenado a nunca mais se
recuperar. Antes dos movimentos anti-manicomiais, os usuários de drogas eram
tratados dentro de hospitais psiquiátricos como psicopatas, sujeitos amorais. Não
realizava-se nenhuma diferenciação entre eles, este tipo de situação acontecia
por que os técnicos tinham uma posição muito moralista diante do problema, ou
seja, se o usuário não era julgado pelo sistema prisional, ele era julgado pelo
sistema psiquiátrico.
Ao pensar no uso de substancias psicoativas no Brasil,
pode –se indagar a respeito das ações voltadas a diminuição do consumo, redução
de danos e abstinência total de SPAs.O que não pode ser perdido nestas interações
é o humano, durante muito tempo a sociedade visualiza a Droga e suas consequências,
deixando de visualizar o individuo que realiza o uso, infelizmente muitos ainda
possuem a posição moralista adotada por muitos técnicos antes dos movimentos
anti-manicomiais.
Precisamos sim enxergar este problema de forma
multifocal, visando auxiliar na manutenção da abstinência e recuperação dos indivíduos
envolvidos.
A Clínica Restaurar, deixa aqui seu apoio a movimentos e
grupos voltados a este publico e conta com profissionais dispostos a auxiliar
neste processo de recuperação e manutenção da abstinência.
Psicólogas
Josemara Nunes da Silva CRP 08/17747 Joyce Bianca Baldin 08/18789
Texto baseado no Curso Prevenção do Uso de Drogas 5 edição. Secretaria Nacional Anti Drogas